quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Brincando com folhas

Olho para os lados, nada vejo além de folhas secas amontoadas e sem vida. Já está escuro. Sou tocada friamente por uma corrente de vento, que no momento do contato bagunça meus cabelos soltos. Sinto frio. Continuo a caminhada acompanhada apenas por meus pensamentos e talvez, pelas estrelas, que na luta travada com a escuridão ilumina meu caminho.
As folhas secas parecem ser as únicas a agradecer o vendo gelado. Elas brincam de roda, dançam, ás vezes, quando piso em algum montinho elas gritam... outras gargalham (...)
Ainda faltam muitas estradas para percorrer, o tempo corre demais. Por mais que eu tente me apressar, não consigo. Então, me deixo levar pela brincadeira dessas folhas meio amareladas e engraçadas, que rodopiam livremente seguindo as ondas do acaso protetor, aventureiro, não que elas tenham aceitado o destino, apenas são assim por serem elas e assim naquela noite que parecia tão sem graça, fria e escura, uma noite de solidão, mas de autoconhecimento aprendi a ser leve, simples... como aquelas folhas.

Refletindo na escuridão com o vento gélido e quando amanhecer o dia, após um descanso merecido, abrir os olhos, me espreguiçar e dizer: “Hoje vai ser um lindo dia”.

                                                                                                                                             Larissa Alves

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