sexta-feira, 29 de maio de 2009

Força do entendimento I

Gostaria tanto de saber o que passa dentro de cada um: pensamentos, sentimentos, turbilhões de emoções
sabe aquele interior que mais ninguém conhece além de você?
também, queria que soubesse o que passa no meu
se fosse possível trocar as almas, os papéis... nem que fosse por um instante
Talvez, poderíamos nos entender melhor
Mas,
Por mais que a gente tente nos colocar no lugar
Por mais que a gente tente entender os diferentes pontos de vista
Por mais que a gente tente achar as melhores saídas
Por mais que a gente tente aceitar
A gente não sabe, não entende, não acha e não sente o que realmente passa.
E a gente vai magoar com palavras e ações
E a gente vai achar aquela pessoa errada
E a gente não vai entender nada
Se eu soubesse
Se você soubesse
Se nós soubéssemos
Talvez tudo poderia ser diferente!
Larissa Alves

Divagando

Sem Nexo (?)
I.
Pra cá, pra lá
aqui, acolá?
Não deixe esperar
o tempo passar
o outro dia pra desfrutar
aquilo chegar
parar de sonhar
você desanimar até
Tudo acabar.
II.
Pensamentos, letras, palavras f
rases, texto;
Capacidade de ler, pensar,agir.
Visão, audição, olfato, tato, paladar
Ver, escutar, sentir, tocar, degustar
Em só uma sintonia, frequência
forças estranhas, desconhecidas
ou pouco conhecidas
vai muito além do (in)finito
daquilo que pode ser visto
e o fim, existe?
II.
Complex(idade)? [complexo mais idade]
"constrói" pelos anos,
enxergada quando queremos,
sabida pelos estudiosos,
deixada de lado,
seria complicada
se não fosse
eu sei lá o quê.
Larissa Alves

Quem nunca?



Quem nunca tentou acertar?
Quem nunca fez a pessoa mais importante da vida chorar?
Quem nunca enxugou ás lagrimas de um amigo?
Quem nunca chorou até cair no sono?
Quem nunca pediu desculpas?
Quem nunca dormiu com o celular do lado?
Quem nunca sonhou que foi para a escola sem sapato?
Quem nunca consegue deixar o quarto arrumado?
Quem nunca colocou o som no último volume e fez um show?
Quem nunca fez promessa e esqueceu do que pediu?
Quem nunca mentiu?
Quem nunca colou?
Quem nunca quis voltar no tempo?
Quem nunca ficou olhando as datas e fotinhos nos túmulos do cemitério?
Quem nunca ficou lendo placas na estrada?
Quem nunca comeu demais até passar mal?
Quem nunca fingiu estar bem?
Quem nunca se emocionou ao assistir a um filme, ler um livro ou escutar uma música?
Quem nunca conseguiu fazer regime?
Quem nunca deixou para estudar de véspera?
Quem nunca teve medo de arriscar, de errar?
Quem nunca pegou um ônibus errado?
Quem nunca foi assaltado?
Quem nunca deixou subentendindo?
Quem nunca criou argumentos, tentou explicar racionalmente os sentimentos?
Quem nunca amou?
Quem nunca sonhou?
Quem nunca chorou?
Quem nunca ousou?
Quem nunca errou?
Quem nunca vai entender o mistério da vida?
Larissa Alves

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Matéria


Cirurgia de redução do estômago aumenta 542% em sete anos

Para realizar a cirurgia o paciente deve passar pelo acompanhamento multidisciplinar, que tem como objetivo, identificar os problemas físicos e psicológicos.

O número de cirurgias de redução de estômago na rede pública hospitalar aumentou 542% em sete anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o resultado é reflexo do crescimento do número de hospitais vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde). O número de estabelecimentos habilitados passou de 18, em 2001, para 48, em 2009.

Estima-se que haja mais de 3,5 milhões de obesos mórbidos no país (Índice de Massa Corpórea acima de 40kg/m²). Somente em 2008, no Brasil, foram realizados 3.195 cirurgias bariátricas.

Entratanto, existem vários critérios que devem ser respeitados para a realização da cirurgia, afirma Elinton Adami Chaim, gastrocirurgião do Hospital das Clínicas da Uncamp. “Eles precisam de apoio multidisciplinar pré e pós operatório de no mínimo três meses. Vários pacientes já passaram por situações de preconceito, perda de emprego, em razão dos problemas que a obesidade mórbida acarreta. Chegam aqui achando que a cirurgia é a cura definitiva de todos os problemas da vida”

São realizadas 600 cirurgias por ano na Unicamp, que é referência de acompanhamento multidisciplinar do país. Os pacientes devem comparacer aos encontros semanais com nutricionista e psicóloga. Além de ser necessário confirmarem força de vontade e um emagrecimento estipulado antes da operação. Quem não seguir as regras sai do grupo.

“Muitos pacientes perderam peso antes mesmo da cirurgia. Além de melhor preparar o doente para sua vida de ex-obeso, conscientizando-o da importância da alimentação comedida e dos exercícios, o programa reduz bastante o risco de complicações pós-operatórias, como pneumonia e outras infecções”, explica Élinton Chaim.

“Nos encontros eles aprendem a não pensar mais gordo. Devem aprender a comer com qualidade, não com quantidade. O esforço e as escolhas certas de alimentos são fundamentais no processo”, disse Salete Britto, nutricionista dos grupos do HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp.

Existem diferentes técnicas usadas em cada tipo de cirurgia, dependendo das necessidades do paciente. A mais comum é a Gastroplastia, que é a colocação de um anel na boca do estômago. Outras duas também são utilizadas: a Fobi Capella – uma técnica mista, em que ocorre a diminuição do estômago e é feito um desvio do intestino delgado e também a Scopinaro Duodenal, em que ocorre o aumento da capacidade do intestino, faz perder mais gordura e carboidratos.

“Cheguei totalmente sem esperanças, não aguentava mais preconceito. Hoje, sou uma nova pessoa, mais alegre, disposta, sem problemas de saúde”, contou Suelly Martins, cobradora de ônibus. Ela decidiu fazer a cirurgia há dois anos, após ficar presa na catraca de um transporte público de Campinas. Está 47 quilos mais magra e afirma que tanto o acompanhamento pré como o pós operatório foram fundamentais para não desistir e seguir seu foco.

Apesar da cirurgia ter se tornado comum os riscos ainda são grandes, sendo feita apenas em último caso, ainda há casos de complicação, rejeiçao do anel, disse Chaim.


Larissa Alves

Resenha: O Velho e o Mar

O Velho e o Mar - Ernest Hemingway

Síntese

A luta pela sobrevivência, os constantes conflitos pessoais e a solidão são os elementos centrais da narrativa do livro. Santiago, um velho pescador está numa fase ruim, não pesca nenhum peixe há mais de 84 dias, seu jovem amigo – Manolín – teve que mudar de barco por obediência a seus pais. Com isso, o velho sai para o alto mar sozinho, acompanhado apenas de suas lembranças e pela força de vontade. É um romance que prende o leitor pela sua narrativa fácil e pela trama. Uma história que tinha tudo para ser simples: um velho, um barco, um mar e um grande peixe, mas que Ernest Hemingway através de seu estilo e criatividade conseguiu trazer aventura e reflexão, indo muito além desse conjunto de espaço, tempo e personagem.


Aventura e reflexão. “O Velho e o Mar”, é o relato em terceira pessoa de um velho e solitário pescador que não pesca um único peixe há oitenta e quatro dias. Santiago esteve à vida inteira a alto mar, conhecendo os mares, os ventos, ás mudanças climáticas, travando as mais variadas lutas e saindo vitorioso.
Mora numa casa humilde. Dorme sobre uma cama de jornais velhos ressecados e não tem o que comer. O seu grande amigo e companheiro de pesca, Manolín, o ajuda com as necessidades mais básicas, pensando no bem estar do velho. Ele sempre ajudou o pescador, que desde o garoto pequeno, o ensinava e contava a ele suas experiências de vida.
O velho cansado dos dias ruins e de gozação dos outros pescadores, sai para o mar sozinho, com a esperança e a oportunidade de ter sucesso na pescaria. Encontra um peixe enorme, tão nobre e precioso, que nunca tinha visto antes. Com sua paciência espera o momento certo e age corretamente para matar o espadarte. Quando o leitor pensa que a aventura acaba, se engana, pois vem mais obstáculos - os tubarões - e a luta começa novamente.
Foi à última grande obra do autor a ser publicada em vida, sendo uma das mais famosas, permanecendo como referência entre os livros de Ernest Hemingway. O romance foi escrito em Cuba, em 1951, e publicado um ano após – 1952. O próprio cenário da narrativa acontece nos mares de Cuba.
Como em todos os seus livros, o autor define seu estilo. Marcado por uma linguagem de fácil entendimento que traz a tona momentos de reflexão. Faz uso de frases curtas com uma trama minimalista e genial.
Ele consegue transmitir a idéia principal com energia e vigor, deixando evidente seu foco, sua intenção.
Entretanto, por ser direto com as palavras, sem voltas e detalhes, pouco sabemos do velho – seus defeitos, suas virtudes sua total aparência, além dos olhos azuis como o mar e sua pele marcada pelo sol. Como também o jeito e o caráter de seu fiel escudeiro.
A história é direta, repleta de lembranças e sentimentos e pensamentos do velho, que há todos os momentos deseja que o garoto estivesse no barco com ele para ajudá-lo e acompanhá-lo.
Santiago, mostra que apesar da idade e das circunstâncias não se deixa abalar, mesmo com todos os obstáculos que aparecem: quando corta a mão, sente fome, sede, ânsia, a cabeça não está mais tão lúcida, ele pensa e tira forças de dentro para continuar na batalha – com o peixe e com ele próprio.
Assim, como outras personagens criadas pelo autor, o pescador, também se depara com a evidência trágica do fim, pois, apesar dos vários dias em alto mar em seu pequeno barco, sem comida suficiente, sem proteção, consegue capturar o peixe com mais de cinco metros de comprimento, mesmo após esses dias e noites de luta, procurando vencer a força e a resistência do peixe, ficando cego com o sol fortíssimo, com cãibras e cortes nas mãos, em razão da força que fazia para segurar a linha. Mesmo depois de travar uma luta com o peixe, matá-lo e amarrá-lo no barco é perseguido por tubarões que deixam o seu “troféu” estraçalhado, comem e deixam mais rastro do sangue o que atrai mais tubarões.
Santiago consegue escapar, e chega exausto á praia com apenas o esqueleto do peixe que havia capturado. Apesar de correr risco de morte e todas essas batalhas travadas ele não consegue chegar com o peixe inteiro que lhe traria uma ótima venda, pois sua carne era de primeira qualidade. E traria mais conforto ao velho.
Mas, mesmo assim os outros pescadores medem o esqueleto e passa a admirar o velho que antes não passava de um velho de má sorte.
Além da luta com o mar, o grande peixe e pela sobrevivência o pescador, vive uma luta interior. Com muita paciência diante das dificuldades, sabedoria e persistência são os elementos que lhe garantem sobrevivência. Em toda viagem, ele fala alto, conversa sozinho, sonha com os leões da África, sua infância, prepara seu próprio alimento sem se descuidar do peixe içado.
Embora tenha provado aos outros pescadores sua capacidade e sua experiência, é nítido perceber sua luta que apesar das inúmeras vitórias na vida, remonta a uma dor pela busca de uma vida melhor. Fica claro, nas suas recordações, pois ele lembra e relembra há todos os instantes de seu passado, suas emoções.
O texto econômico e objetivo do autor, que abusa das frases curtas e dos princípios jornalísticos de clareza e concisão lhe renderam fama mundial. Em 1954, Ernest Hemingway ganhou o Prêmio Nobel.


Ficha Técnica



Título: O Velho e o Mar
Autor: Ernest Hemingway
Editora: Bertrand Brasil
Ano de Edição: 2000
Lançado em: 1952
Quantidade de Páginas: 128
Tradução: Fernando de Castro Ferro
Gênero: Aventura




Larissa Alves

domingo, 24 de maio de 2009

Inevitável loucura do viver

Inevitável sorrir ao ver uma criança gargalhar
Ao sentir a leve brisa do mar
Ao recordar um olhar

Inevitável dançar ao ouvir som pelo ar
Cantar sem pensar e até errar, sem se importar
Se libertar

Inevitável amar sem se entregar
Sem cometer uma loucura
Fechar os olhos
E ás vezes tudo desabar

E o orgulho chamar
Sem se importar
Com o que está no ar

Inevitável chorar ao coração apertar
E um vazio predominar por dentro
Sem o brilho nos olhos
Só o brilho das lágrimas a chegar

Inevitável sofrer para aprender
Amadurecer e ver que sem o sofrimento
Não dá para viver

Inevitável sonhar uma realidade melhor
O mundo utópico de cada um
Pois quem não sonha, não vive

Inevitável se decepcionar quando se espera muito
Quando não se espera mais nada
Nada e ninguém é como esperamos, como projetamos

Inevitável fugir sem pensar
Querer escapar quando o inevitável chegar

Inevitável querer um desejo impossível
Mergulhar no paraíso e se perder
No querer de ser feliz e sentir

Inevitável desejar e pensar
Sem se controlar

Inevitável perdoar mesmo querendo
Brigar e descontar
Mas, perdoar e se lembrar é não perdoar

Inevitável perder para ganhar
Para depois ver e rever que muitas vezes é necessário

Mas é difícil

Inevitável vencer e não se alegrar
Quando a felicidade chegar
Quando uma porta se abrir
Não há quem possa fechar

Inevitável ter

Inevitável ser...


Larissa Alves



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sem qualquer razão...


Escrevo porque escrevo, se não escrevesse ficaria tudo guardado em mim, intacto, em algum lugar que nem sei qual.
As palavras vão se juntando, se formando, talvez se completando.
Nunca sei bem o quê e sobre o que escrever.
Palavras soltas, dessas aí, aquelas lá de outrora e outras que vem vindo.
O exercício é não pensar muito. Deixa me consumir, deixa sair.
Não importo se são momentos vividos, sonhos, opinião ou reflexão. Escrevo pela vontade, pela amizade da linguagem.
As regras existem, mas não me importo se escrevo uma palavra com o acento errado ou um "S" trocado. Não influencia na ânsia de jogar pra fora esses turbilhões de pensamentos que divagam.
Eu escrevo porque quero desabrochar. Para transbordar as alegrias, para diminuir as angústias, para afastar o medo, para ir além do sonhar.
Para me descobrir cada vez mais, cada vez menos...
A palavra é meu meio de comunicação, minha metade de emoção e desilusão.
Eu brinco com elas, eu jogo eu desmonto e refaço. Ao acaso, na vontade!
Quanto mais palavras eu conhecer e mais escrever mais serei capaz de me conhecer, pensar meus sentimentos. Assim, na proporção direta.
E quando não há palavras?
O que não sei pode ser mais importante do que digo.


Larissa Alves

Opinião




A polêmica da doação de órgãos

No ano de 1997, o presidente da República Fernando Henrique Cardoso, sancionou a Lei Nº 9434/97, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante de tratamento. Todo brasileiro que vier a falecer será considerado doador potencial, exceto se houver manifestação da vontade do mesmo em contrapartida. As pessoas que discordarem em ter seus órgãos removidos devem fazer constar no documento de Identidade e na Carteira Nacional de Habilitação.
Já se passaram 12 anos e novamente a polêmica veio á tona. O Governo enviou para o Congresso o projeto de Lei. Vários pontos estão sendo colocados em questão. Por um lado existe um consentimento afirmativo de que todas as pessoas podem se manifestar se querem ou não doar – “livre arbítrio”, enquanto de outro lado quem não se manifestar será automaticamente considerado doador.
Essa lei descaracteriza o ato de doação, que deve ser voluntária. Além da hipótese de propiciar o aquecimento do Comércio ilegal de órgãos. Até mesmo as entidades médicas estão contra, alegam falta de infra-estrutura dos hospitais brasileiros para a captação e distribuição de órgãos. Dados mostram que apenas oito Estados possuem centrais de captação e somente 146 hospitais. Em alguns desses não chegam a ser realizado nenhum transplante durante um ano.
De fato a lei é severa, os médicos que por razão de ética, se recusarem a cumprir a lei e retirar os órgãos mesmo com a família não sabendo, responderão pelo crime de omissão de socorro.
As pessoas, talvez por falta de interesse ou informação, muitas vezes não aceitam a doação de seus familiares. Existem valores em jogo, como por exemplo por questões religiosas.
Na maioria dos países civilizados, o cidadão tem a liberdade de escolher entre ser ou não, doador.
Essa Lei nova veio tornar os cidadãos doadores obrigatórios, compulsórios.
É fácil visualizar que muitos brasileiros jamais saberão que para não ter seus órgãos retirados após a morte, terão que registrar.
Instalar a Lei conforme diz no papel não é fácil. O que vai adiantar ter um monte de órgãos capazes de salvar várias vidas e não ter infra-estrutura capaz?
O assunto não está esgotado e certamente ainda causará muitos problemas, pelo fato de provocar reflexões em torno de temas delicados como: ética profissional, eutanásia, tráfico de órgãos humanos, entre outros.
Aliás, o tráfico de órgãos é preocupação da ONU, que citou o Brasil como país fornecedor de órgãos para suprir esse comércio clandestino.
O corpo humano sem vida que antes pertencia a família foi confiscado pelo Estado, como se fosse uma coisa de ninguém. Rejeito essa concepção, pois o corpo pertence a família e qualquer parte só pode ser retirada por vontade da pessoa manifestada em vida ou pelo sentimento de solidariedade dos familiares. Não estou dizendo que sou contra a doação, sou a favor, na vertente da decisão de cada um. Se visse que o país fosse capaz de captar os órgãos com total infra-estrutura e realmente salvasse todas as vidas que esperam por um milagre. Entretanto, vejo que é uma medida desesperada que poderá acarretar mais problemas.


Larissa Alves

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vida


Quanto mais o tempo passa
Mais eu me descubro
Mais eu me perco

Viver é descobrir
Viver é se perder na procura do achar
Viver é se decepcionar e levantar
Viver é amar, apesar...

Sonhar, mesmo com a realidade tentando fechar a janela dos pensamentos
Pensar, mesmo que pensamentos estranhos, confusos e incertos
Lutar, mesmo que todos o digam que já perdeu
Falar, mesmo que seja criticado, mal interpretado

Sorrir e chorar
Um sorriso para esconder a dor, uma lágrima por não conter a emoção
Saudade pela ausência
Verdade pelo interior

Agir sem pensar
Agir com o pensar
Trilhar o incerto
Com o certo de tentar.

Larissa Alves




quarta-feira, 13 de maio de 2009

Retrato do povo brasileiro


Se pedissem para mim colocar no porta retrato uma foto que representasse fielmente a identidade brasileira eu ficaria na dúvida...
De fato, são inúmeras opções. A história desse país é marcada por grandes acontecimentos, heróis e heroínas. Mesmo assim, que imagem temos hoje para mostrar com orgulho? Ou, para representar críticas e indignações?
Sim, ainda possuímos uma fauna e flora exuberante...será esse um verdadeiro retrato? Para ilustrar livros, tirar fotos para álbuns, passar alguns dias de férias. Talvez seja! Por outro lado, o que realmente vemos?
Não vou negar que a mídia adora um sensacionalismo, quem não gosta? O ser - humano têm seu lado sensacional, para não dizer outra coisa. São dias camuflados, sabemos o que acontece e vamos continuar nessa do verbo saber, talvez, nada possa mudar esse fato.
Se pensarmos, vivemos numa constante luta nacional, em que pais são capazes de tirar a vida de filhos inocentes. Qual animal racional é capaz disso?
Comprovamos que inúmeras famílias vivem a margem da pobreza. Crianças sem estudo, prostituição, trabalho escravo em pleno século XXI, é escravidão camuflada...
Qual perspectiva pode ter de um povo mascarado? - seria, "Brava gente brasileira?”
Certamente é mais fácil fechar os olhos e dizer “são problemas do governo”, desculpe-me, vou lhe dizer é também seu, nosso.
Nenhum governo vai transformar o país naquele lugar utópico, o qual cada um gostaria que fosse.O que podemos fazer? Não sei! Seria um começo, tentar não cometer mais delitos e desgraças, pois esses 8.511.965 km2 de terra cercada de água ao leste já tem problemas exacerbados. Não precisamos contribuir.
E aí, se me perguntarem que retrato colocarei, vou questionar: “Posso fazer uma montagem e editar no Photoshop?”


O ser humano é como o mar, cada gota é um indivíduo. O mar é inconstante assim como a natureza humana, que possui instantes levianos e aqueles de fúria e revolta. O vento toca o mar, o guia. Assim como as ações e atitudes vivem no homem.

Larissa Alves