De uns tempos para cá, percebi que tenho fases. Elas se parecem um pouco com as estações do ano, um pouco com a lua, um pouco com as plantas...
Sinto quando estou na transição, quando estou mudando.
No começo é uma loucura, um verdadeiro caos e confusão, me sinto tão perdida, sem forças, sem esperança... Parece que estou murchando. É o momento que percebo o fim de uma fase. Em seguida, tudo parece estar neutro. É estranho, vazio. Solidão. É a fase do recolhimento, da reflexão. Pode demorar e é perigosa. Depois, percebo que a vida não me espera para colocar tudo no lugar... Procuro aceitar que as mudanças são extremamente necessárias e não posso temê-las. Devo ter consciência que elas vão me acompanhar, vão me pegar de surpresa, vão me apunhalar pelas costas, vão me esquecer por um período –longo ou curto - mas não definitivamente.
Larissa Alves
Dize-me com que versos tu caminhas
ResponderExcluirE eu te direi o poeta que tu és...
A forma como tu rimas tuas linhas,
Os versos com que tu desenhas teus papéis...
Como tu tratas as coisas comezinhas,
De que maneira tu contas de um a dez,
Com que argumentos tu agradas as Rainhas,
Com que argumentos tu agradas as ralés...
Dize-me com que versos poemeias,
Espalhando poemas a mancheias
Como quem trama a revolução
E eu te direi o poeta em que te tornas
Cada vez que em palavras tu transformas
A corredeira de teu coração...