sexta-feira, 17 de julho de 2009

divagando

Vou gritar o mais forte que conseguir
Vou perder a voz por um instante
Por completo
Quem sabe,
tudo tão incerto

Hoje gosto de azul
Amanhã talvez não... e qual o problema?
Só se for o azul claro e brilhante do céu
Do meu céu
As nuvens do meu céu são portas
Escolhas, as minhas

Vou me atirar de um penhasco
E cair no lago cristalino
de meus pensamentos mais insondáveis
sem medo de me afogar nas lembranças
no receio
e se me afogar?
Não me importarei, fizeram-me quem sou

Vou escalar a montanha mais alta
com esforço e determinação
e quando achar o momento certo de parar
Vou descer, voltar atrás
E se cair, desequilibrar
Subirei novamente, subitamente
no máximo do meu infinito
No cume da felicidade

Perceberei meus cinco sentidos
juntos por completo
Criarei os meus próprios

Vou ter a calmaria de uma tarde
Olhando o pôr-do-sol no horizonte da imaginação
Com pinceladas de dourado no azul celeste
Sem problemas, obrigações
Esquecerei do tempo
Perderei pelo meu instante
A tal da responsabilidade

Vou ter a fúria de um tornado
Destruir para recomeçar
repleta de esperança
Só instantes...

Vou ter a luz do luar
as estrelas a me iluminar
A alegria de um olhar
Sorrisos a cantar

Não quero flores hoje
Deixe-as no seu lugar
Apenas desfrute o perfume, a beleza, a delicadeza delas
Toque-as
E deixe-as ter a vida
Pois se tirá-las e entregá-las a mim
vou me alegrar
mas só por um pequeno momento e logo elas murcharão
perderão o encanto, a vida...
e não as verei pela janela alegrando e colorindo meus dias

tantos momentos já passaram
Tantos ainda por vir...

O querer,
o desejar
fundamental
Mas não principal
Vou agir
Fazer
E estou.

Larissa Alves

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